Os anos 90 representaram uma das fases mais inventivas, ousadas e influentes da animação japonesa. Foi nesse período que surgiram alguns dos animes de ficção mais marcantes da história — obras que misturaram ação, tecnologia, drama, filosofia e uma narrativa emocionalmente profunda. Cada produção dessa década trouxe algo novo: mundos futuristas complexos, protagonistas densos e reflexivos, trilhas sonoras inesquecíveis e temas que até hoje ressoam com o público.

Essa era de ouro não apenas consolidou o estilo e a identidade dos animes de ficção científica, como também redefiniu os limites criativos do gênero. Muitas das séries e filmes lançados nos anos 90 se tornaram referência obrigatória, influenciando gerações de animadores, roteiristas e diretores ao redor do mundo. Seus impactos ultrapassaram o Japão, moldando o cinema ocidental, inspirando produções hollywoodianas, ajudando a popularizar a estética cyberpunk e estabelecendo tendências narrativas que ainda são sentidas na cultura pop global.

Em resumo, os animes de ficção dos anos 90 não foram apenas entretenimento — foram marcos culturais. Obras que uniram profundidade e estilo, inovação e emoção, e que continuam sendo celebradas décadas depois como alguns dos maiores clássicos da animação.


1. Neon Genesis Evangelion (1995)

História:

Neon Genesis Evangelion não é apenas um anime — para muitos fãs, incluindo eu, é uma experiência marcante, quase transformadora. Entre as obras dos anos 90, poucas conseguiram combinar ficção científica, drama psicológico e simbolismo de forma tão poderosa e impactante quanto esta criação de Hideaki Anno. A trama acompanha Shinji Ikari, um adolescente cheio de inseguranças e sentimentos não resolvidos, que é chamado pelo próprio pai — alguém distante e emocionalmente inacessível — para pilotar o EVA-01 e enfrentar os Anjos, criaturas colossais que ameaçam a existência humana.

Mas o que torna Evangelion tão especial é a maneira como ele vai muito além de “batalhas de mechas”. A cada episódio, a série nos envolve em uma viagem profunda pela mente de seus personagens. Shinji, Asuka e Rei não são apenas pilotos de robôs gigantes — eles são retratos de fragilidade humana, de dores internas e de um desejo quase desesperado de serem aceitos, compreendidos e amados. Como fã, é impossível não se identificar com algum momento de vulnerabilidade deles. Todos carregam traumas reais, falhas, conflitos consigo mesmos e com o mundo ao redor. Isso faz com que Evangelion toque em temas universais, como depressão, solidão, autoestima e a eterna busca por propósito.

E claro, há o simbolismo — algo que sempre me encantou. A série mistura elementos religiosos, metáforas psicológicas e questionamentos existenciais de uma forma que poucas obras tiveram coragem de explorar. As cenas introspectivas, os diálogos enigmáticos, a trilha sonora marcante e até o silêncio usado como recurso narrativo fazem parte de algo maior: uma obra que desafia o público a pensar, interpretar e sentir.

Para mim e para muitos fãs, Evangelion é uma obra que cresce com o tempo. Cada revisão revela novos detalhes, novas interpretações e novas emoções. É um anime que marcou sua época, redefiniu o gênero mecha e continua sendo debatido décadas depois. No fim, Evangelion é sobre batalhas épicas, sim, mas acima de tudo é sobre o ser humano — suas dores, seus medos e sua necessidade de conexão. É por isso que, como fã, sempre digo: Evangelion não é apenas assistido… Evangelion é vivido.

Versões:

  • Série original (1995–1996) – 26 episódios.
  • The End of Evangelion (1997) – filme alternativo ao final da série.
  • Rebuild of Evangelion (2007–2021) – tetralogia de filmes reimaginando a história.

Onde assistir: Clique aqui.

Disponível na Netflix, com dublagem e legendas em português.


2. Cowboy Bebop (1998)

História:

Cowboy Bebop é, para mim e para muitos fãs, uma daquelas obras que transcendem o próprio gênero. É mais do que um anime: é uma experiência estilosa, melancólica e irresistivelmente cativante. Misturando ficção científica com a energia vibrante do jazz, a série nos transporta para um universo futurista fragmentado, cheio de perigos, decadência e beleza. Tudo isso embalado pela trilha inconfundível de Yoko Kanno, que dá o tom perfeito para cada episódio.

A história acompanha um grupo nada convencional de caçadores de recompensas — Spike Spiegel, Jet Black, Faye Valentine, Edward e o adorável cão-genial Ein — viajando pela galáxia a bordo da nave Bebop em busca de criminosos interplanetários. Mas o que realmente faz Cowboy Bebop ser tão especial é a profundidade emocional e o carisma desses personagens. Cada um carrega um passado quebrado, cheio de mistérios, perdas e arrependimentos, e é justamente essa bagagem emocional que dá alma à narrativa.

Spike Spiegel, o protagonista, é um dos personagens mais icônicos do anime. Um ex-gângster da organização Red Dragon, ele vive tentando fugir de um passado que não o deixa em paz. Seu jeito despreocupado, seu humor sarcástico e sua postura relaxada escondem um homem atormentado por memórias, escolhas difíceis e um amor perdido. Como fã, é impossível não se sentir fascinado por essa mistura de fragilidade e indiferença que o Spike transmite. Ele é um personagem que parece sempre dançar entre a vida e a morte, entre o presente e a sombra do que deixou para trás.

Cowboy Bebop se destaca também pela forma como cada episódio funciona quase como um pequeno filme independente. Alguns são cheios de ação e ritmo frenético; outros são melancólicos, silenciosos e profundamente reflexivos. A série toca em temas como solidão, identidade, arrependimento, liberdade e a inevitabilidade do passado. E tudo isso é apresentado com uma estética impecável — cenários neon desgastados, cenas de luta fluidas, diálogos afiados e uma trilha sonora que parece um personagem à parte.

Como fã, sempre digo que Cowboy Bebop é uma obra que você não apenas assiste — você sente. Você vibra com as sequências de ação, sorri com as interações caóticas da tripulação da Bebop, e se emociona com os momentos mais dolorosos e silenciosos da jornada. É uma viagem espacial cheia de estilo, mas também uma reflexão sobre a vida, as escolhas e aquilo que carregamos no coração.

No fim, Cowboy Bebop é um clássico que marcou gerações e continua conquistando novos fãs. É o tipo de anime que termina, mas nunca vai embora. Afinal… See you, space cowboy.

Versões:

  • Série original (1998–1999) – 26 episódios.
  • Cowboy Bebop: The Movie (2001) – ambientado entre os episódios 22 e 23.

Onde assistir: Clique nos nomes das plataformas.

Disponível na Netflix, Crunchyroll e Prime vídeo.


3. Ghost in the Shell (1995)

História:

Ghost in the Shell, para mim e para muitos fãs de ficção científica, é uma verdadeira obra-prima do gênero cyberpunk — uma daquelas histórias que não apenas entretêm, mas fazem você refletir profundamente sobre o mundo, sobre tecnologia e até sobre o que significa existir. Ambientado em um futuro altamente conectado, onde humanos e máquinas já se misturam a ponto de ser difícil traçar uma linha clara entre ambos, o anime constrói um cenário complexo, denso e brilhantemente atual, mesmo décadas após seu lançamento.

A protagonista, Major Motoko Kusanagi, é uma das personagens mais marcantes da cultura pop futurista. Totalmente ciborgue, exceto por seu “fantasma” — a essência da consciência — ela trabalha na Seção 9, uma divisão especializada em combater crimes cibernéticos, terrorismo tecnológico e ameaças que vão muito além da compreensão humana comum. Como fã, sempre me impressiona a postura da Major: forte, enigmática, introspectiva e absolutamente fascinante. Ela não é apenas uma combatente habilidosa, mas um símbolo da eterna dúvida entre corpo e alma, entre a máquina e o humano. A cada missão, o anime coloca Motoko diante de dilemas que nos fazem questionar coisas como: o que define uma pessoa? A memória? A consciência? O corpo? E, acima de tudo, até que ponto podemos nos modificar sem perder quem somos?

Ghost in the Shell não se limita a cenas de ação (embora as que existem sejam lindas, impactantes e cheias de elegância visual). Ele mergulha fundo em debates filosóficos, sociológicos e existenciais, criando uma narrativa que funciona tanto como entretenimento quanto como provocação intelectual. Como fã, eu sempre fico impressionado com a atualidade das discussões — vigilância digital, cibersegurança, inteligência artificial, manipulação de dados, e principalmente a perda de privacidade em um mundo totalmente conectado. Tudo isso já estava lá, previsto, explorado e tratado com seriedade muito antes desses temas se tornarem comuns nas discussões tecnológicas do dia a dia.

E claro, é impossível não mencionar a enorme influência cultural de Ghost in the Shell. Filmes como Matrix, A.I., Ex Machina e tantos outros beberam diretamente dessa fonte. A estética, as ideias e o tom reflexivo do anime redefiniram o gênero futurista e estabeleceram um novo padrão para obras que exploram a fusão entre homem e máquina.

Ghost in the Shell não é apenas um anime que você assiste — é um mergulho filosófico. É o tipo de obra que deixa perguntas ecoando por muito tempo, que faz você olhar para a tecnologia com admiração e medo ao mesmo tempo. Como fã, posso dizer que cada revisita revela algo novo, algum detalhe escondido, uma reflexão que eu não tinha percebido antes.

No fim, Ghost in the Shell é um marco incontestável da ficção científica. Uma obra visionária, profunda e esteticamente impecável que continua moldando o gênero e inspirando criadores até hoje. É o tipo de anime que não envelhece — ele evolui com o tempo, assim como a própria tecnologia que tenta compreender.

Versões:

  • Filme original (1995)
  • Ghost in the Shell: Stand Alone Complex (2002) – série derivada.
  • Ghost in the Shell: SAC_2045 (2020) – nova adaptação da Netflix.

Onde assistir: Clique nos nomes das plataformas.

Disponível na Netflix, Prime Video, Apple TV e Youtube.


4. Serial Experiments Lain (1998)

História:

Serial Experiments Lain, para mim e para tantos fãs da era clássica dos animes, é uma daquelas obras que não apenas desafiam o espectador — elas o perseguem. É, sem dúvida, um dos títulos mais enigmáticos, profundos e inquietantes dos anos 90. Longe de seguir a estrutura tradicional de narrativa, Lain é uma experiência audiovisual e filosófica que coloca o público diante de perguntas que continuam ecoando até hoje, especialmente em um mundo cada vez mais conectado.

A história gira em torno de Lain Iwakura, uma adolescente aparentemente comum, introvertida e desconectada das pessoas ao seu redor. No entanto, tudo muda quando ela passa a se envolver com The Wired — uma rede virtual que funciona como uma versão primitiva, porém mais metafísica, da internet moderna. Conforme Lain mergulha cada vez mais nesse universo digital, as fronteiras entre realidade e virtualidade começam a se dissolver, levando-a a questionar sua identidade, seu corpo, sua existência e até o próprio conceito de “eu”.

Como fã, sempre fico impressionado com o quanto Serial Experiments Lain estava à frente de seu tempo. Ele antecipou discussões que hoje são centrais: privacidade digital, vigilância, hiperconectividade, a fusão entre mente e máquina e o impacto psicológico de viver entre dois mundos — o físico e o virtual. Além disso, a série explora de forma sombria e poética temas como solidão, isolamento emocional, dissociação e o desejo humano de pertencimento.

A estética de Lain é outro ponto que marca profundamente quem assiste. O silêncio desconfortável, o uso de cores frias, a repetição de imagens, os glitches visuais e a trilha sonora minimalista criam uma atmosfera única — quase hipnótica. É como se a própria série estivesse conversando diretamente com nosso inconsciente, nos empurrando para uma reflexão que vai muito além da simples história de uma garota e um computador.

E claro, há toda a simbologia e as camadas filosóficas. Como fã, é fascinante observar como a obra se inspira em teorias da consciência, física quântica, psicologia e até religião, construindo um quebra-cabeça existencial onde cada episódio parece revelar uma peça — e ao mesmo tempo criar outras dez novas perguntas.

Serial Experiments Lain não é um anime comum. É uma experiência que mexe com percepções, que desafia sua forma de pensar e que permanece na memória muito tempo depois do episódio final. É o tipo de obra que você revisita e entende de outro jeito a cada nova vez — e, sinceramente, é essa sensação de mistério e profundidade que faz tantos fãs (incluindo eu) considerarem Lain uma das obras mais ousadas e visionárias já criadas.

No fim, Lain é um convite: para olhar para dentro, para olhar para a tecnologia… e para questionar tudo que acreditamos ser real.

Versões:

  • Série única (1998) – 13 episódios.

Onde assistir: Clique no nome da plataforma.

Disponível no Crunchyroll e em edições especiais em DVD.


5. Trigun (1998)

História:

Trigun sempre foi, para mim e para muitos fãs, um dos animes mais carismáticos, emocionantes e surpreendentes dos anos 90. A trama se passa em um planeta árido e perigoso, quase sem lei, onde cidades surgem como pequenos refúgios em meio ao deserto e onde criminosos, mercenários e caçadores de recompensas dominam a paisagem. É nesse cenário que conhecemos Vash the Stampede, um pistoleiro lendário cuja fama o precede — dizem que ele é responsável por destruição em massa, caos e até por uma recompensa gigantesca por sua captura.

Mas a verdade, vista de perto, é completamente diferente. Como fã, é impossível não se encantar com o verdadeiro Vash: um sujeito atrapalhado, gentil, idealista e profundamente humano. Ele vive carregando a culpa de um passado misterioso, mas se recusa a tirar vidas, mesmo quando cercado por perigos extremos. Seu ideal pacifista, em um mundo onde a violência parece ser a única linguagem, é um dos pilares mais bonitos e marcantes de Trigun. Vash luta com o coração, não com a arma — e isso, para mim, já o torna um dos protagonistas mais memoráveis do anime.

Trigun mistura gêneros com maestria. É ação frenética, com tiroteios cinematográficos que lembram faroeste futurista; é comédia leve e bem-humorada, especialmente nas trapalhadas de Vash e nas situações absurdas envolvendo Meryl e Milly; mas também é ficção científica profunda, cheia de mistérios e revelações. E por trás de tudo isso, existe uma camada emocional poderosa, que faz o anime refletir intensamente sobre moralidade, perdão, trauma, responsabilidade e humanidade.

O que mais me marca em Trigun é como ele brinca com a nossa percepção. À primeira vista, Vash parece apenas um bobalhão, exagerado e cômico. Mas, conforme a história avança, percebemos o peso do seu passado, o tamanho da dor que ele carrega e o quanto ele precisa lutar — não contra inimigos, mas contra suas próprias lembranças e convicções. Como fã, é impossível não se emocionar com sua jornada, especialmente quando ele se vê diante de escolhas que desafiam tudo aquilo em que acredita.

Trigun é aquele tipo de anime que conquista pelo humor, prende pela ação e marca pelo coração. É uma obra que combina leveza e profundidade de forma única, com personagens inesquecíveis, trilha envolvente e momentos que ficam com a gente por anos. Para mim, é um dos grandes clássicos dos anos 90 — não só pela estética e pela história, mas pela força humana que existe em cada episódio.

No fim, Trigun nos lembra que até no deserto mais seco pode existir compaixão. E que até o homem mais caçado do mundo pode ser, paradoxalmente, aquele que mais deseja proteger a vida.

Versões:

  • Trigun (1998) – série clássica.
  • Trigun: Badlands Rumble (2010) – filme derivado.
  • Trigun Stampede (2023) – remake em CGI.

Onde assistir: Clique nos nomes das Plataformas.

Disponível no Crunchyroll e Amazon Prime Video.


6. Outlaw Star (1998)

História:

Outlaw Star sempre foi, para mim e para muitos fãs de animes clássicos, uma das aventuras espaciais mais empolgantes, divertidas e cheias de personalidade dos anos 90. A série combina tudo aquilo que tornam os space operas irresistíveis: naves estilosas, duelos espaciais, mistérios cósmicos, piratas intergalácticos, humor afiado e uma tripulação repleta de carisma. É aquele tipo de anime que te pega pela ação desde o início, mas te mantém preso pela química entre os personagens e pelo universo incrível que constrói.

A história acompanha Gene Starwind, um mercenário habilidoso, impulsivo e cheio de atitude — mas também cheio de medos e inseguranças, especialmente quando se trata de viagens espaciais. Como fã, uma das coisas que eu mais gosto em Gene é justamente essa mistura de coragem e vulnerabilidade. Ele não é o típico herói perfeito; é alguém que erra, aprende, cresce e enfrenta seus traumas ao mesmo tempo em que se vê cada vez mais envolvido em aventuras perigosas e fascinantes.

Quando Gene, Jim Hawking e os demais tripulantes assumem a Outlaw Star, uma nave especial de design único e capacidades extraordinárias, o anime realmente ganha vida. Juntos, eles enfrentam piratas espaciais, mercenários rivais, organizações misteriosas e caçadas épicas por tesouros lendários — incluindo a mítica “Galactic Leyline”, um dos arcos mais intrigantes e simbólicos da série. Cada episódio traz algo novo: uma missão maluca, uma revelação importante, uma batalha de tirar o fôlego ou um momento emocional inesperado.

O que me encanta em Outlaw Star é o equilíbrio perfeito entre ação e humor. As cenas de batalha são cheias de estilo, com direito a grappler ships — naves equipadas com braços mecânicos para combates corpo a corpo no espaço, algo que só esse anime teve a ousadia de explorar com tanto charme. E, ao mesmo tempo, a química da tripulação garante momentos hilários, especialmente nas interações de Gene com Jim, Aisha, Suzuka e Melfina, cada um com sua personalidade marcante.

Falando em Melfina, sua presença adiciona uma camada emocional importante à trama. Como fã, sempre achei fascinante o mistério em torno de sua origem e o vínculo que ela desenvolve com Gene. Esse equilíbrio entre aventura, romance leve e questionamentos existenciais dá uma profundidade inesperada ao anime.

No fim, Outlaw Star é uma obra que captura o espírito das grandes aventuras espaciais: ousada, divertida, emotiva e cheia de imaginação. Para mim, é um dos melhores representantes do gênero nos anos 90 — uma jornada estelar que deixa saudade e que continua encantando quem embarca nela pela primeira vez.

See you in the stars!

Versões:

  • Série única (1998) – 26 episódios.

Onde assistir: Clique no nome da Plataforma.

Disponível no Crunchyroll.


7. The Vision of Escaflowne (1996)

História:

The Vision of Escaflowne é, para mim e para muitos fãs de animes clássicos, uma verdadeira joia dos anos 90 — daquelas obras que misturam fantasia e ficção científica com tanta beleza e emoção que fica impossível esquecer. Desde o primeiro episódio, a série nos transporta para o mundo mágico de Gaea, um lugar onde reinos travam guerras épicas, criaturas místicas habitam vastas paisagens e mechas colossais — os Guymelefs — decidem o destino de nações inteiras.

A história começa quando Hitomi Kanzaki, uma estudante comum e apaixonada por corrida e tarot, é misteriosamente transportada de sua sala de aula para esse outro mundo. E é aí que Escaflowne revela sua força: o choque entre o cotidiano de Hitomi e a grandiosidade de Gaea cria uma sensação de maravilhamento que só cresce à medida que a narrativa avança. Como fã, sempre me emociono com a forma como Hitomi tenta entender seu papel nesse novo universo, enquanto lida com seus próprios sentimentos, inseguranças e premonições sobrenaturais.

Ao lado dela, temos Van Fanel, o jovem rei de Fanelia e piloto do lendário Guymelef Escaflowne. A relação entre os dois é um dos pontos altos da série — não apenas um romance, mas uma ligação construída em confiança, sacrifício e amadurecimento mútuo. Como fã, é impossível não torcer por eles a cada reviravolta, especialmente quando enfrentam ameaças como o Império de Zaibach, que mistura tecnologia avançada, manipulação temporal e ambições sombrias.

E é justamente essa mistura de elementos — magia, futurismo, destino, política e emoção — que transforma Escaflowne em algo único. O anime transita com perfeição entre cenas de ação intensa, momentos de romance delicado e diálogos cheios de filosofia e mistério. Os mechas não são apenas máquinas: são extensões da alma de seus pilotos, ligados a temas como honra, identidade e propósito.

Além disso, não dá para falar de Escaflowne sem mencionar sua trilha sonora espetacular, composta por Yoko Kanno e Hajime Mizoguchi. Como fã, posso afirmar sem hesitar: é uma das trilhas mais icônicas do anime. Cada faixa, seja de batalha ou de melancolia, parece elevar ainda mais o impacto emocional das cenas. A música dá vida ao mundo de Gaea como poucos animes conseguiram fazer.

Visualmente, o anime também impressiona com seu traço estilizado, paisagens grandiosas e uma atmosfera que mistura o medieval ao futurista, criando um cenário que é ao mesmo tempo nostálgico e atemporal.

No fim, The Vision of Escaflowne é uma aventura épica, um romance sensível e uma jornada espiritual. É um anime que fala sobre destino, escolhas, amor, dor e crescimento — tudo isso dentro de uma narrativa que consegue ser emocionante, misteriosa e visualmente deslumbrante.

Para mim, Escaflowne não é apenas assistido: é sentido. É uma daquelas obras que ficam com você muito depois do episódio final, como se parte de Gaea continuasse ecoando dentro do seu coração.

Versões:

  • Série (1996) – 26 episódios.
  • Filme (2000) – reinterpretação da história.

Onde assistir:

Disponível no Crunchyroll e Blu-ray Collector’s Edition.


Conclusão

Os melhores animes de ficção dos anos 90 são mais do que séries animadas — são obras que definiram estilos, quebraram barreiras e inspiraram toda uma geração de criadores e fãs.
De Neon Genesis Evangelion a Cowboy Bebop, essas produções continuam relevantes e podem ser facilmente assistidas em plataformas de streaming como Netflix, Crunchyroll e Prime Video.

Se você gosta de animes antigos de ficção científica, mergulhar nesses clássicos é essencial para entender a evolução da animação japonesa e sua influência no mundo moderno.

Se você é fã de clássicos dos anos 90, certamente já ouviu falar de obras inesquecíveis como Neon Genesis Evangelion, um anime marcado por temas profundos, psicologia complexa e personagens como Shinji Ikari, Rei Ayanami e Asuka Langley. Muitos buscam explicações sobre o final de Evangelion, teorias do The End of Evangelion, o significado dos EVA 01, a mitologia dos anjos e análises sobre sua influência na cultura pop. Termos como Evangelion explicação, Evangelion ordem cronológica e Evangelion filosofia estão sempre entre os mais pesquisados pelos fãs.

Outro ícone eterno é Cowboy Bebop, que conquistou o público com Spike Spiegel, Jet Black, Faye Valentine, Ed e uma trilha sonora de jazz considerada histórica. Pesquisas sobre Cowboy Bebop final, melhores episódios, Cowboy Bebop trilha sonora e Cowboy Bebop crítica continuam fortes até hoje, mostrando a relevância do anime na estética cyberpunk e no gênero space western.

O universo futurista de Ghost in the Shell também permanece um dos mais influentes do gênero, especialmente por levantar debates sobre inteligência artificial, consciência e identidade. Muitos procuram termos como Ghost in the Shell 1995, Ghost in the Shell filosofia, Motoko Kusanagi, e até comparações com Matrix, obra que foi diretamente influenciada pelo anime. É um dos pilares do cyberpunk japonês e um dos títulos mais buscados no Google quando o assunto é tecnologia no anime.

Entre as obras cult, Serial Experiments Lain continua sendo um fenômeno entre fãs que gostam de profundidade filosófica. Pesquisas como Lain explicação, Serial Experiments Lain teoria, anime cyberespaço, Wired Lain e final de Lain estão sempre em alta. Lain é um clássico da ficção psicológica e segue despertando curiosidade por sua narrativa única e simbolismos.

Já para quem ama ação com filosofia, Trigun segue firme como um dos animes mais lembrados dos anos 90. Personagens como Vash the Stampede e Nicholas D. Wolfwood são constantemente buscados junto com termos como Trigun 1998, Trigun Stampede, Trigun história, Trigun personagens e Trigun final. É um dos maiores representantes do anime faroeste futurista.

Os fãs de space opera continuam buscando informações sobre Outlaw Star, incluindo termos como Gene Starwind, Outlaw Star episódios, Outlaw Star 1998, animes ficção científica e curiosidades sobre o visual das naves e do universo. É uma joia rara entre os animes de aventura espacial.

Para completar, The Vision of Escaflowne é um dos títulos mais procurados entre fãs de isekai clássico, misturando fantasia, mechas e romance. Termos como Escaflowne história, Escaflowne trilha sonora, Hitomi Kanzaki, Van Fanel, Escaflowne mecha e Escaflowne anime anos 90 aparecem frequentemente nas buscas relacionadas ao gênero.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Autor

animedcmarvel21@gmail.com

Street Fighter II V: O Filme com Melhores Lutas

Há 30 anos, Street Fighter II V levou os heróis da Capcom às telas e redefiniu os animes de luta dos anos...

Leia tudo

Homem-Aranha dos Anos 90: O Aranha mais forte

Reviva o clássico Homem-Aranha dos anos 90, a série animada que definiu o herói para gerações. Conheça sua história, personagens, legado e...

Leia tudo

Neon Genesis Evangelion – O Melhor anime de ficção científica

Neon Genesis Evangelion é um dos animes de ficção científica mais complexos e revolucionários da década de 90. Criado por Hideaki Anno...

Leia tudo

X-Men: The Animated Series – O Melhor clássico dos anos 90

Entre os desenhos mais marcantes dos anos 90, X-Men: The Animated Series é uma das produções mais queridas e influentes da história...

Leia tudo